O descaso na saúde pública de Itacaré: A doença que nunca cura. Por Genilson Silva.

Ontem dia 02/05/2013 a cidadã Maria Renilda completaria 57 anos de idade, mas essa dádiva de celebrar a vida foi tirada pelo descaso no sistema público de saúde de Itacaré, essa cidadã veio a óbito. Deixando cinco filhos, nove netos e muita saudade aos seus.

Após ter tido uma ataque cardiovascular (AVC) às 05:30h da madrugada do dia 29 para 30/04/2013, e ser levada imediatamente  a Fundação Hospitalar de Itacaré, Fundação que possui convênio com o governo municipal. Ao chegar à Fundação, foi atendida pela Drª Elza, foi diagnosticado por essa mesma doutora, após aplicar os primeiros medicamentos, que a paciente precisava ser transferida urgentemente para a cidade de Ilhéus, para um atendimento intensivo do qual a Fundação Hospitalar de Itacaré não oferece, contudo, aconteceu o mais irresponsável dos atos para com aquela mãe de família em situação de risco de vida. A Drª. Elza foi embora sem fazer o encaminhamento, procedimento necessário para que o paciente seja transferido. Quando os familiares procurou informação junto aos enfermeiros, foram informados que a médica já tinha ido embora e que deveriam esperar o outro médico que entraria em seguida, deu oito horas, deu dez, deu doze horas, e nenhum médico tinha chegado para da inicio ao seu turno. Enquanto isso, dona Maria Renilda completava 07:00 horas em uma cama sem forro, agonizando, com o lado esquerdo todo paralisado e já perdendo a sensibilidade do lado direito, e nada de chegar um bendito médico para fazer o tão necessário encaminhamento (O médico só chegou para trabalhar a noite). Já perto de uma hora da tarde, os enfermeiros vendo o desespero da família e a situação degradante da paciente, que já respirava com muita dificuldade, conseguiu o referido encaminhamento com alguém da Secretaria de Saúde, pois a secretária, para variar, não se encontrava na cidade.

Só por volta de 12:40h da tarde foi possível colocá-la na ambulância para transferi-la para a cidade de Ilhéus. Mas, nessa altura a srª Maria Renilda já estava muito delibitada, pois, segundo a sua filha Cristiane Luz, que acompanhou todo o processo, ela  tido havia outras crises dentro da Fundação Hospitalar e já respirava com muita dificuldade, consequentemente aconteceu o mais trágico, ainda na Rodovia Ilhéus-Itacaré, a mãe de família veio a óbito. Para ficar mais dramático a fumaça que sai da descarga da ambulância, cheio de gás carbônico, entrava na cabine da ambulância tornando um verdadeiro sacrifico respirar naquelas condições, onde segundo a filha de Dona Maria Renilda, Cristiane Luz, que estava no veículo junto com sua mãe, teve que viajar com a cabeça para o lado de fora do veiculo para poder respirar com mais facilidade.

Diante dessa situação e dos vários outros fatos nefastos que já se passaram nos atendimentos desta Fundação Hospitalar de Itacaré, é necessário que as autoridades tomem uma posição urgentemente, pois, pais e mães de família, crianças, idosos, enfim seres humanos, não podem morrer por negligência ou descaso de “profissionais” que deveriam zelar pela vida daqueles que lhe são confiadas.

Apesar das explicações e justificativas da Drª Elza, não trazer de volta a vida da dona Maria Renilda, nem apagar a dor da perda que afligem os corações dos seus filhos, netos e amigos, mas, é necessário que a Secretária de Saúde, Câmara de Vereadores, Ministério público (Esse ultimo ao ser provocado), busque da referida médica, que estava de plantão quando a paciente chegou, explicações e respostas questão: por que ela saiu sem fazer o encaminhamento da paciente, que com certeza, caso tivesse tido um atendimento mais adequado, aumentaria as chances de não vim a óbito? Além disso, a própria Secretária de Saúde deverá responder por que a Fundação Hospitalar de Itacaré, ficou sem médico das 07:00h da manhã até inicio da noite, sendo que não é a primeira vez que acontece a falta de médico?.

Fonte: Itacaré Urgente / Texto: Genilson Silva

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