Com cara e gosto de chocolate, a vagem é mais saudável,
tem menos calorias e é doce naturalmente

Para quem é chocólatra assumido ou está sempre querendo comer um doce – mas não deseja se preocupar com os quilinhos a mais na balança –, a alfarroba pode ser uma opção.
Com cara e gosto de chocolate, ela é uma vagem da qual se extrai a polpa, que é torrada e moída para se obter o pó usado em substituição ao cacau. “Ela não tem gordura saturada, nem substâncias estimulantes como cafeína e teobromina”, diz Katia Cristina Andrade, professora do curso de Nutrição da Universidade Cruzeiro do Sul, sobre os benefícios da leguminosa.
“Por ser naturalmente doce, a alfarroba dispensa o uso de açúcar na fabricação e no consumo dos produtos. Além disso, é rica em vitaminas e minerais”, completa a nutricionista Paula Castilho.
Outra vantagem do fruto da alfarrobeira é ele possuir um baixo teor calórico, devido à quantidade quase imperceptível de lipídios, e ter uma alta quantidade de fibras. “Por não conter glúten, a alfarroba pode ser consumida por pessoas que têm restrições ao ingrediente, além de ser uma excelente opção para os diabéticos ou intolerantes à lactose. É mais saudável e possui um valor calórico inferior ao chocolate tradicional”, orienta Paula.
Katia afirma que não há nenhuma restrição ao consumo do produto. “O importante é inserir a alfarroba na alimentação gradativamente, não trocar totalmente um alimento pelo outro”, ensina a professora. A alfarroba em pó ou produtos à base da leguminosa – como cremes, bombons e barrinhas – podem ser encontrados em casas de produtos naturais. Por que trocar o cacau pela alfarroba? A leguminosa é muito mais saudável do que o fruto. Isso porque o cacau possui até 23% de gordura e 5% de açúcar, enquanto a alfarroba tem 0,7% de gordura e alto teor de açúcares naturais (glucose, sucrose e frutose). Além disso, em 100 gramas do produto você encontra 303 mg de cálcio, 633 mg de potássio e 126 mg de fósforo, sem falar de outros minerais como ferro, zinco e vitaminas. Outras substituições saudáveis Além de trocar o cacau pela alfarroba, as nutricionistas sugerem a substituição do creme de leite pelo iogurte – no preparo do strogonoff, por exemplo –, do leite de vaca por leite de soja, além das farinhas brancas pelas integrais.

A alfarrobeira (Ceratonia siliqua) é uma árvore de folha perene, originária da região mediterrânica que atinge cerca de 10 a 20 m de altura, cujo fruto é a alfarroba.
Do fruto da alfarrobeira tudo pode ser aproveitado, embora a sua excelência esteja ainda ligada à semente, donde é extraída a goma, constituída por hidratos de carbono complexos (galactomananos), que têm uma elevada qualidade como espessante, estabilizante, emulsionante e múltiplas utilizações na indústria alimentar, farmacêutica, têxtil e cosmética.
Mas a semente representa apenas 10% da vagem e o que resta – a polpa - tem sido essencialmente utilizado na alimentação animal quando, devido ao seu sabor e características químicas e dietéticas, bem pode ser mais aplicado em apetecíveis e saborosas preparações culinárias.
A farinha de alfarroba é a fracção obtida pela trituração e posterior torrefacção da polpa da vagem. Contém, em média, 48-56% de açúcar (essencialmente sacarose, glucose, frutose e manose), 18% de fibra (celulose e hemicelulose), 0,2-0,6% de gordura, 4,5% de proteína e elevado teor de cálcio (352 mg/100 g) e de fósforo. Por outro lado, as características particulares dos seus taninos (compostos polifenólicos) levam a que a farinha de alfarroba seja muitas vezes utilizada como antidiarreico, principalmente em crianças. Portugal é o maior produtor mundial em termos de valor, e quarto em termos de volume.
Fonte: Photossintese
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